terça-feira, 29 de outubro de 2013

Cristo, o Único Caminho

Postado por Unknown às 07:07 2 comentários


Como você pode acreditar em um Deus que é tão intolerante que providenciaria somente um único caminho de salvação para um mundo. Quem é esse Deus?
Eu não sei porque Deus não nos deu cinco salvadores ou quinze caminhos religiosos para satisfazê-Lo. Eu não conheço a resposta para essa questão.
Eu devo propor uma situação hipotética. Suponha que existe Deus. Inicia-se essa suposição. E suponha que Deus é totalmente, absolutamente santo.  E suponha que esse Deus, não por uma mera necessidade para si mesmo, mas por absoluto amor e bondade cria um mundo. E Ele habita-o com vasto tipo de animais e plantas, e então quando Ele termina seu corado ato da criação, que é uma criatura que Ele molda em sua própria imagem e sopra a essa criatura seu próprio fôlego e dá a essa criatura preeminência sobre toda criação, domínio sobre todo mundo e dá-lhe a tarefa de espelhar, refletir, o próprio caráter de Deus. (Gn 1.27,-30; 2.7)
E Deus gratuitamente enche-lhe de todo tipo de benefícios, mas lhe dá uma restrição que era de não tocar ou comer o fruto proibido, e então Deus volta e suponha que essa criatura totalmente ingrata que deve a seu criador tudo, se vira e agarra isso por querer igualdade com seu Criador, e abertamente, obstinadamente desafia a lei de Deus, e Deus lhe diz que pelo o que fez ele iria morrer. (Gn 2.16-17; 3)
E suponha então que Deus tenha apagado a humanidade da Terra. Isso teria sido perfeitamente justo. Não teria?
Mas suponha que Deus estava tão paciente, tão bondoso, e ele diz: Eu cobrirei a nudez dessa criatura e eu providenciarei um caminho de salvação para ela e prometerei tirar esse pecador ingrato de sua desesperada condição.  Eu vou enviar a esse povo que rejeitou tudo que eu fiz por eles meu único Filho, e Eu vou levar os pecados do meu povo e transferi-los para as costas do meu próprio Filho, que é perfeitamente correto, perfeitamente justo. (Jo 3.16; Is 53)
E eles matam...
O Filho. Jesus Cristo.
E Deus diz: Ok! Está certo! Vocês mataram Ele. Mas se vocês somente colocarem a confiança nele, e honrá-lo, eu os perdoarei de todo pecado cometido contra Mim e contra Ele. E darei a vocês vida eterna, onde não haverá mais morte, lágrimas, perversidade, dor, sofrimento, e vocês viverão para sempre e eterna felicidade. Mas meu único pedido é que vocês honrem Aquele que morreu em seu lugar. Buda não morreu por você. Moisés não morreu por você. Maomé não morreu por você. E eu peço-lhes que honrem e sigam meu único Filho. (Romanos 3.25; 5.1, 10; 2 Co 5.18 – 21; Cl 1.20-22)
Você ousaria se levantar diante de Deus no dia do julgamento e dizer: “Deus você não fez o suficiente.” Você olharia para o rosto de Deus e diria: “Um único caminho de salvação não é suficiente?”
Como vamos escapar se negligenciamos tão grande salvação. (Hebreus 2.3)
Amado, eu não acho que as pessoas que acreditam em Cristo são tão melhores do que pessoas que acreditam em algo também, eu não estou falando em superioridade de pessoas. Mas eu estou certo de que magoa o Deus Todo-Poderoso ouvir algum humano fazer sempre menção de Buda como o mesmo fôlego de que Jesus Cristo. Porque só Cristo é sem pecado (1 Pe 2.22). Buda foi um pecador, Buda não pode salvar a si mesmo tampouco alguém também. Maomé foi um pecador e Maomé nunca salvou ninguém. Só Cristo é sem pecado, só Cristo tem oferecido uma expiação, só Cristo tem providenciado Redenção para nós. (Atos 4.12)
Se isso não suficiente para você. Se isso é restrito demais. Então vá por seu próprio caminho, mas esse é o único Caminho que Deus providenciou.
Você o escolhe ou perece.

segunda-feira, 28 de outubro de 2013

Música da Semana # 5 ...

Postado por Unknown às 18:32 1 comentários


Boa noite queridos..!! Hum.. andei um pouco sumida néh?! Rs'
A correria ta tremenda gente.. mas o importante é que sempre quando dá eu apareço por aqui.. Graças a DEUS por isso..!! Bom, hoje vim postar o hino que havia tempos que não postava..




Uma vez por outra a vida nos prega mais uma peça néh?! As lutas começam a surgir... as circunstâncias começam a ficar contra você.. e achas q o SENHOR te esqueceu.. começa a procurar saída onde não tem..

Mas saiba querido (a).. o SENHOR JESUS é a tua direção.. o mundo pode desabar atras de você, mas aquele que te chamou para essa obra está do teu lado, te fortalecendo, te guiando quando as situações se mostram difíceis..
Sem falar nos nossos sonhos.. êh êh..!  Quando achamos que eles morreram DEUS vem e os restitui só para mostrar para você que Ele vela por ti.. que ele te ama.. que os plano dEle ainda estão para se cumprir..
Não olhe para o que o mundo vai dizer de você.. quem te chamou foi CRISTO e quando Ele chama alguém ele se encarrega de cuidar, capacitar..!! 
Sei que não é fácil, digo isso por experiência própria, mas é como escrito está: " Deus dá um fardo do tamanho que podemos aguentar.." Aí surge aquela velha pergunta: E porque fulano não suportou..?! O problema não esta no fardo e sim nas pessoas, que encontram-se fracas na fé e não conseguem carregar seu fardo..!!Não que o fardo das tais sejam grandes mais é a fé destas pessoas as quais impossibilita de viver e outra coisa satanás veio para matar, roubar e destruir (Matar tu fé, Roubar tua paz e Destruir os planos do SENHOR na tua vida) Ele tem agido na vida de muitas pessoas que não querem nada com DEUS..
Busquemos  pois o caminho certo.. os planos dEle são maiores que os nossos.. Não deixe o certo pelo duvidoso.. Creia nas promessas do Pai..!! 

Ressuscita o Meu Sonho
Regis Danese 

Situações pra eu parar
Circunstâncias e decepções que eu encontrei na vida
Pra me desanimar
Perseguições pra me derrubar
Mas o Senhor me deu a direção
Me mostrou a saída
Me fez enxergar

O Teu propósito, o Teu imenso amor
O Teu cuidado pra Ti eu tenho valor
Não há nada nesse mundo que vai impedir
Os teus projetos em minha vida irão se cumprir
Eu creio

(refrão)

Ressuscita o meu sonho
Que um dia morreu
Não abro mão da minha herança,
Traz de volta o que é meu
Cumpre em mim os teus planos
Que o Senhor prometeu
Pois eu sei que os Teus planos
São maiores que os meus


Esperando pela restituição do Pai,

>>> Eris Gomes <<<

terça-feira, 22 de outubro de 2013

Conselhos de um sábio

Postado por Unknown às 20:46 1 comentários

 




 Dê mais às pessoas, MAIS do que elas esperam, e faça com alegria.
· Decore seu poema favorito.
· Não acredite em tudo que você ouve, gaste tudo o que você tem e durma tanto quanto você queira.
· Quando disser "Eu te amo" olhe as pessoas nos olhos.
· Fique noivo pelo menos seis meses antes de se casar.
· Acredite em amor à primeira vista.
· Nunca ria dos sonhos de outras pessoas.
· Ame profundamente e com paixão.
· Você pode se machucar, mas é a única forma de viver a vida completamente.
· Em desentendimento, brigue de forma justa, não use palavrões.
· Não julgue as pessoas pelo seus parentes.
· Fale devagar mas pense com rapidez.
· Quando alguém perguntar algo que você não quer responder, sorria e pergunte: "Porque você quer saber?".
· Lembre-se que grandes amores e grandes conquistas envolvem riscos.
· Ligue para sua mãe.
· Diga "saúde" quando alguém espirrar.
· Quando você se deu conta que cometeu um erro, tome as atitudes necessárias.
· Quando você perder, não perca a lição.
· Lembre-se dos três Rs: Respeito por si próprio, respeito ao próximo e responsabilidade pelas ações.
· Não deixe uma pequena disputa ferir uma grande amizade.
· Sorria ao atender o telefone, a pessoa que estiver chamando ouvirá isso em sua voz.
· Case com alguém que você goste de conversar. Ao envelhecerem suas aptidões de conversação serão tão importantes quanto qualquer outra.
· Passe mais tempo sozinho.
· Abra seus braços para as mudanças, mas não abra mão de seus valores.
· Lembre-se de que o silêncio, às vezes, é a melhor resposta.
· Leia mais livros e assista menos TV.
· Viva uma vida boa e honrada. Assim, quando você ficar mais velho e olhar para trás, você poderá aproveitá-la mais uma vez.
· Confie em Deus, mas tranque o carro.
· Uma atmosfera de amor em sua casa é muito importante. Faça tudo que puder para criar um lar tranquilo e com harmonia.
· Em desentendimento com entes queridos, enfoque a situação atual.
· Não fale do passado.
· Leia o que está nas entrelinhas.
· Reparta o seu conhecimento. É uma forma de alcançar a imortalidade.
· Seja gentil com o planeta..
· Nunca interrompa enquanto estiver sendo elogiado.
· Cuide da sua própria vida.
· Não confie em alguém que não fecha os olhos enquanto beija.
· Uma vez por ano, vá a algum lugar onde nunca esteve antes.
· Se você ganhar muito dinheiro, coloque-o a serviço de ajudar os outros, enquanto você for vivo. Esta é a maior satisfação de riqueza.
· Lembre-se que o melhor relacionamento é aquele em que o amor de um pelo outro é maior do que a necessidade de um pelo outro.
· Julgue seu sucesso pelas coisas que você teve que renunciar para conseguir.
· Lembre-se de que seu caráter é seu destino.
· Usufrua o amor e a culinária com abandono total.

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Momentos com DEUS

Postado por Unknown às 23:42 4 comentários



Sinto uma dor corroer minhas entranhas, uma dor tamanha que parece arrebentar meu coração. O que será meu Deus? Que dor profunda é essa? E me encontro em silêncio por um momento, e nesse momento sinto meu coração aliviar e uma paz me invadir por completa, e nisso consigo sorrir em meio a tanta dor, porque esse alivio imediato e essa tão gostosa paz, é uma resposta, a resposta da minha pergunta. Essa dor profunda que senti foi o medo, medo que quis me enfraquecer, dizendo que não posso aguentar. E a resposta que recebi me encorajou, sim me disse mesmo sem palavras, disse claramente, que não posso me deixar levar pelo medo que tudo pelo qual sonhei, está prestes a se realizar e não de forma passageira, mas de forma duradoura. E mais, essa paz que me invadiu, sabe o que é? Claro, essa paz não poderia ser outra coisa, do que a resposta de Deus, que sentiu minha dor e me fez parar de sentir ela e agora sentir uma imensa vontade de gritar, gritar dizendo: Eu sempre vou te amar e minha vida te darei se precisar, por que esse amor é tão real, tão forte em mim. E é impossível tirar de mim.

Existem momentos que SOMENTE DEUS sabe como agir.. É por isso que sempre me refugiu em teu átrios meu PAI..

Desejo uma noite abençoada a todos.. GRAÇA E PAZ DE CRISTO JESUS..!!




>>>>> Eris Gomes <<<<<


terça-feira, 15 de outubro de 2013

O Bendito Conhecimento das Escrituras e o seu Propósito

Postado por Unknown às 10:37 7 comentários



Como são felizes os que andam em caminhos irrepreensíveis, que vivem conforme a lei do Senhor!
Como são felizes os que obedecem aos seus estatutos e de todo o coração o buscam!
Não praticam o mal e andam nos caminhos do Senhor.
Tu mesmo ordenaste os teus preceitos para que sejam fielmente obedecidos.
Quem dera fossem firmados os meus caminhos na obediência aos teus decretos.
Então não ficaria decepcionado ao considerar todos os teus mandamentos.

Salmos 119:1-6



Quão benditas são as verdades que podemos encontrar na bíblia, que consolo, que prazer... O Apóstolo Paulo pronunciou espirado pelo Espírito Santo esses benditas palavras inspiradas: Toda Escritura é proveitosa e útil para correção, repreensão, educação do homem na JUSTIÇA, Para que todo homem seja perfeito e perfeitamente habilitado para toda BOA obra.
Há! Se entendêssemos que as Escrituras não são para satisfazer nossa curiosidade, mas para nos edificar. Infelizmente aquilo que era para ser bom, está sendo corrompido, aquilo que deveria glorificar o Santo Deus se tornou motivo de controvérsia, aquilo que deveria nos edificar está, na verdade, deixando confusos a muitos, estou me referindo ao Estudo das Escrituras, também conhecido como Teologia. Muitos hoje vivem uma vida miserável teologicamente porque acham que a Teologia tira a espiritualidade, que superstição mais deplorável, infelizmente nos púlpitos de nossas Igrejas estão substituindo a Maravilhosa exposição das Escrituras por meras advertências humanas, por emocionalismo, por teatros ou danças, ou Shows Gospel. Que miserável evangelho estamos sendo submetidos!
Precisamos peneirar o joio do trigo, é verdade que muita teologia hoje é mera especulação, é como nuvens sem água, todavia não podemos cair num erro oposto e idêntico: trocarmos a bendita Palavra por meras filosofias humanas; permitirmos que os púlpitos sejam palanques para shows ou discursos emotivos com a finalidade de levantar a auto estima humana (seu ego).
Observe o livro de Salmos, quão maravilhosos hinos! Quão ricos de teologia. Nos Salmos vemos A Soberania de Deus exaltada, Sua Graça e Misericórdia, sua Justiça, Sua providência... Observe o maravilhoso conteúdo dos Evangelhos, que maravilhosa providência de Deus enviando seu Filho para Salvar miseráveis pecadores que mereciam apenas o inferno; que maravilhosa resignação do Filho de Deus sendo obediente ate a morte; que maravilhosa humildade o Criador dos Céus e da terra que deveria ser servido por sua criação servindo suas criaturas, que maravilhoso exemplo! Há! Pudéssemos desejar as Escrituras com nossos pulmões desejam sofregamente o ar; Há! Desejássemos conhecer a Deus em sua palavra para obedecê-lo não para discutirmos. Aprenderíamos a temer ao Senhor, aprenderíamos a honra-lo, agradá-lo, ama-lo, nossa confiança nele seria mais firme, e nossa esperança mais vigorosa.
Sejamos todos teólogos, mas não para disputarmos teologia, todavia para honrar o nosso bendito Deus. Estou bem certo que a Sabedoria de Deus é pura, justa, paciente, bondosa... Que nossa alma deseje como crianças recém nascida o leite puro para que possamos crescer por ele ( 1 Pe.2.2). Amém!
Graça e Paz!


domingo, 13 de outubro de 2013

Música da Semana # 4

Postado por Unknown às 23:22 1 comentários


Olá queridos, a PAZ DO SENHOR  a todos.. 
Bom, hoje estou aqui para pedir perdão e informar uma mudança..não estou podendo postar mais nada de dia por isso andei um pouco em falta com a música da semana e outras postagens.. Estou mudando para a música para  domingo a noite.. Assim todos começam uma semana abençoada na presença de DEUS..!!! Oh Glória..!!! \o/

O louvor de hoje toca muito ao meu coração, há momentos que tudo que precisamos e necessitamos é ouvir a voz do nosso PAI.. Sentir Ele novamente bem perto de nós.. Sentir seu toque... Que por algum motivo deixamos isso tudo pra trás..
Querido (a), você senti saudade da presença de DEUS na sua vida?! E o que você está esperando?! Tome uma atitude agora, volte AO JARDIM DA INOCÊNCIA.. onde você vivia somente para adorar a Deus e engrandecê-lo.. onde DEUS falava claramente com você.. onde DEUS te usava... e você sentia verdadeiramente a PAZ DE CRISTO..!!
DEUS está esperando seu arrependimento.. Ele conhece todo o seu ser.. mas Ele está esperando ouvir sua confissão e seu pedido de perdão... 
Volte-se  a DEUS.. volte hoje mesmo AO JARDIM DA INOCÊNCIA... e sinta o SENHOR te tocando novamente.. falando com você.. sondando o seu interior... Pois Ele conhece e sabe de tudo que precisamos... e seus pensamentos para conosco são pensamentos de bem e não de mal...
Sinta através desse hino o ESPÍRITO SANTO falando com você.. e creia porque grandes coisas o SENHOR irá fazer na sua vida.. se assim você desejar..!!



Fiquem todos na SANTA E GLORIOSA PAZ DE CRISTO..!! Desejo uma semana de paz, amor e presença do PAI.. Que nosso DEUS vos abençoe com toda sorte de benção... Hoje, amanhã e para todo sempre..!! Amém

Voltando ao PAI,
Eris Gomes

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pecadores nas mãos de um Deus Irado

Postado por Unknown às 19:13 1 comentários



Pregação de Jonathan Edwards em 08 de Julho de 1741 em Enfield, Connecticut - EUA 

O Deus que vos mantém acima do abismo do inferno vos abomina; ele está terrivelmente irritado e seu furor contra vocês queima como fogo.
Ele vê vocês como apenas dignos de serem lançados no fogo. 
E seus olhos são tão puros que não podem tolerar tal visão. 
Vocês são dez mil vezes mais abomináveis a seus olhos do que é a mais odiosa das serpentes venenosas para olhos humanos. 
Vocês o têm ofendido infinitamente mais do que qualquer rebelde obstinado ofenderia a um governante. No entanto, nada, a não ser a sua mão, pode impedir-vos de cair no fogo a qualquer momento. 
O fato de vocês não terem ido para o inferno a noite passada e de terem tido permissão para acordar ainda aqui neste mundo, depois de terem fechado os olhos ontem para dormir, atribui-se ao mesmo favor. 
Não existe outra razão porque vocês não foram lançados no inferno ao se levantarem pela manhã, a não ser o fato da mão de Deus ter-vos sustentado. E não existe outra razão porque vocês não caiam no inferno neste exato momento. 

Obs.: No meio da pregação as pessoas pediram para o pregador parar, pois conseguiram sentir o inferno bem próximo.


Filme da Semana # 2

Postado por Unknown às 14:15 0 comentários

Uma Razão para Cantar

Tommy (Darius McCrary – Um Ritual do Barulho), um ex-detento à procura de emprego, enfrenta barreiras por causa do seu passado nas ruas, até que a vovó Memaw o encontra. 

Abrindo sua casa, ela o ajuda a arranjar um emprego e um espaço para usar o seu talento musical no coral da igreja regido por Charles (Kirk Franklin), mostrando-lhe que Deus pode cuidar dos seus problemas. Lilly, a neta de Memaw, desenvolve uma amizade muito especial com Tommy. 

As mudanças no comportamento dele causam um grande impacto em sua amizade com G. Smooth, um pequeno traficante.
O amor transforma pessoas neste drama repleto de música gospel onde você vai cantar, sorrir e avaliar os anseios do seu coração.  Pela primeira vez na sua vida, Tommy tem esperança por alguma coisa,tem um motivo para viver, e tem “Uma Razão Para Cantar”.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Crescente Crise por trás da História Evangélica de Sucesso no Brasil

Postado por Unknown às 19:46 0 comentários


Por Augustus Nicodemus

Augustus Nicodemus
Quando Paulo Romeiro escreveu Evangélicos em Crise em meados de 1990, um livro que tem permanecido como um bestseller entre os evangélicos brasileiros, ele abordou apenas uma das muitas maneiras pelas quais o evangelicalismo entrou em colapso no Brasil: Sua inabilidade para frear a propagação da teologia da prosperidade. É cada vez mais claro que os evangélicos no Brasil estão hoje no meio de uma crise muito maior, começando com a dificuldade – para não mencionar a impossibilidade – em definir o que significa ser evangélico. De acordo com o último senso oficial, os evangélicos representam quase um quarto da população total do Brasil (22,5%). É um crescimento fenomenal, já que apenas 40 anos atrás eles eram somente 2,5%.

A despeito de seu constante crescimento oficial, aclamado para o mundo como uma história de sucesso das missões e evangelismo, os evangélicos no Brasil encaram hoje muitos desafios. Mencionarei alguns:

*Incerteza quanto à sua própria direção teológica futura.
*Multiplicidade de teologias divergentes.
*Falta de uma liderança com autoridade moral e espiritual.
*Derrocada doutrinária e moral de líderes outrora respeitáveis..
*Ascensão de líderes totalitários que chamam a si mesmos não apenas de pastores, mas também se auto-procalmam bispos e apóstolos.
*Conquista gradual das escolas de teologia pelo liberalismo teológico.
*Falta de padrões morais que possam funcionar como pontos de partida para a disciplina eclesiástica.
*Depreciação da doutrina e exaltação da experiência isolada.

Como um resultado, mais brasileiros estão procurando por igrejas apenas para sentirem-se bem, para buscar soluções imediatas para seus problemas materiais sem nem mesmo refletir sobre questões profundas acerca da existência da eternidade, e movendo-se de uma comunidade para outra sem qualquer comprometimento ou engajamento na verdadeira vida e testemunho cristão. A propósito, o número de pessoas que professam ser evangélicas embora raramente freqüentem a igreja tem crescido de 6% para 16% de todos os evangélicos nos últimos anos.

Crise e Sucesso Simultâneos: Como o evangelicalismo alcançou este ponto de sucesso e concomitante crise no Brasil? A teologia e prática da Reforma nunca foram plenamente conhecidas ou adotadas em nosso país, mesmo entre as igrejas Reformadas. Como alguém disse, "Os evangélicos no Brasil são amalgamados por uma argamassa meio católica, meio espiritualista, e pouco ou nada reformada."

Além de não terem conhecido as doutrinas da Reforma em sua plenitude e poder, outros fatores parecem ter contribuído para a situação atual:
Os evangélicos têm se engajado em diálogos com católicos, liberais, neo-pentecostais e outras linhas sem, primeiro, ter identificado claramente as suposições básicas, não negociáveis. Penso que podemos conversar e aprender daqueles que não são Reformados ou conservadores. Contudo, o diálogo deve ser buscado dentro de limites e suposições bem definidos. Hoje, os evangélicos acham difícil delinear os limites do verdadeiro Cristianismo e como manter as portas fechadas para a heresia.

Os evangélicos têm adotado o princípio de não exclusividade. Isto começou com uma abertura para a pluralidade doutrinária, a multiplicidade de eclesiologias e o relativismo moral. Sem qualquer instrumento efetivo para pelo menos identificar o que discorda dos pontos cruciais da fé cristã, a porta estava aberta para falsos mestres que se introduziram, quase desapercebidamente, nas igrejas históricas e especialmente nas igrejas neo-pentecostais.

A fim de ampliar a base de comunhão com outras linhas dentro da cristandade, os evangélicos enfraqueceram sua aderência aos pontos cruciais do cristianismo histórico. Com esta redução progressiva dos princípios doutrinários básicos, a definição de "evangelho" tem se tornado cada vez mais ampla e perde seu significado original.

As denominações históricas gradualmente abandonaram os grandes credos e confissões do passado que moldaram a fé histórica da Igreja. Ao desprezar séculos de tradição e interpretação teológica, os evangélicos encontraram-se vulneráveis a qualquer nova interpretação, tais como o teísmo aberto, teologia da prosperidade, a nova perspectiva em Paulo e assim por diante. Mas, talvez a pior destas conseqüências tenha sido a perda e ausência da cosmovisão Reformada, a qual serviu como base para um olhar abrangente da cultura, ciência e sociedade a partir da soberania de Deus sobre todas as áreas da vida. Sem uma cosmovisão Reformada abrangente, o evangelicalismo tem se limitado a ações isoladas e fragmentadas na arena social e política, freqüentemente sem qualquer conexão com a cosmovisão cristã, tornando-se vulnerável às "coisas do mundo" na política e moral.

Finalmente, os evangélicos têm embarcado ávidamente em busca de respeitabilidade acadêmica, não apenas da parte de outros cristãos, mas especialmente da parte da academia secular. Como resultado, o evangelicalismo acabou submetendo muitas das suas instituições teológicas aos padrões educacionais do estado, o qual está comprometido com cosmovisões que são metodologicamente, pedagogicamente e filosoficamente humanistas. Isto abriu as portas para o velho liberalismo teológico, o qual, embora exteriormente moribundo, ainda está vivo e esperneando no Brasil.

Sinais de Esperança:
Não há uma saída fácil desta crise. Contudo, há alguns sinais de mudança encorajadores que eu não posso deixar de mencionar. Um deles é o surpreendente crescimento da fé Reformada entre os pentecostais. Há inumeráveis exemplos de pastores pentecostais se voltando para a compreensão Reformada das Escrituras. As vezes até mesmo igrejas pentecostais inteiras têm passado por esta mudança.

Cito aqui um e-mail que recebi algumas semanas atrás de um ex-pastor pentecostal:
Seu livro O Culto Espiritual [publicado primeiramente em 1998 e agora em sua quinta edição] fez toda a nossa igreja parar de falar em línguas e mudou nossa liturgia completamente. Tivemos até mesmo que mudar o letreiro em nosso prédio de "Assembléia de Deus" para "Igreja Reformada". Nos tornamos calvinistas dentro da tradição pentecostal, um movimento único que tem surgido em nossos dias. Devido a este movimento ousado de nossa parte, nossa pequena igreja começou a crescer numericamente como nunca antes. A primeira mudança básica que fizemos foi criar um seminário teológico, gratuito, todas as terças de 20:00 às 22:00 hs. Temos estudantes de muitas denominações: Assembléia de Deus, Evangelho Quadrangular e muitos de igrejas neo-pentecostais, do evangelho da prosperidade. Nosso culto no domingo a noite é muito simples: oração, louvor, pregação da Palavra, para não mencionar o fato de que às terças e sextas, por causa do nosso grande entusiasmo pela Palavra de Deus, estamos dividindo o culto em duas partes com duas mensagens, e às vezes alguns irmãos ficam até as cinco da manhã estudando e orando.

Vejo a fé cristã histórica, como manifestada na Reforma Protestante, como uma alternativa possível para a igreja evangélica no Brasil. Reconheço que nem todas as igrejas Reformadas no Brasil têm sido exemplos de vitalidade, relevância e liderança piedosa. Todavia, o potencial está lá. O centro para sustentar este crescimento maravilhoso não precisa ser buscado muito longe.


Augustus Nicodemus Gomes Lopes é um ministro presbiteriano, teólogo e professor. Chanceler da Universidade Mackenzie, conferencista internacional e autor de best-sellers. Augustus é Bacharel em teologia pelo Seminário Presbiteriano do Norte em Recife, Brasil, ThM em Novo Testamento pela Universidade Reformada de Potchefstroom, África do Sul, e PhD em interpretação bíblica pelo Westminster Theological Seminary em Philadelphia. Também atua como pastor auxiliar da Igreja Presbiteriana de Santo Amaro em São Paulo

“Deus é Sempre o Mesmo” - Isto Significa que Ele sempre Age da mesma Forma?

Postado por Unknown às 19:35 0 comentários


Por Augustus Nicodemus

Augustus Nicodemus
Apesar da Bíblia nos ensinar que Deus é imutável -- Ele é o mesmo hoje, ontem e para sempre -- não podemos perder de vista o fato de que as Escrituras nos ensinam que Deus nem sempre age da mesma forma em todas as épocas. Este é o problema com muitas pessoas. Elas pensam que Deus deve agir hoje exatamente como agiu no período bíblico pois Ele é o mesmo, sempre. Mas, será que a imutabilidade de Deus é uma espécie de promessa de que ele sempre agirá da mesma forma na história dos homens?

Todos concordamos, por exemplo, que Deus é capaz de criar outra vez mundos, sóis e estrelas; entretanto, segundo as Escrituras, ele já cessou da sua obra de criação. Todos concordamos que Deus poderia hoje criar mundos do nada exatamente como fez no princípio, mas nenhum de nós espera realmente que ele faça isso e nem ora por isso. O fato de que nosso Deus é o mesmo hoje, ontem e para sempre não significa que ele sempre terá de criar mundos. A criação do mundo é um exemplo de uma manifestação sobrenatural do poder divino que não se repete na História. Essa constatação é, no mínimo, um precedente para considerarmos a possibilidade de que Deus pode cessar de agir de determinadas formas na história.

Há outros precedentes na Bíblia de atividades sobrenaturais que cessaram. Um deles é o dos profetas do Antigo Testamento. O Senhor Jesus afirmou que João foi o maior e último deles (Mt 11.13; Lc 16.16). Os profetas do Antigo Testamento são encarados pelos escritores do Novo como um grupo definido e fechado, freqüentemente referidos como "os profetas" (ver Mt 11.13; 23.29; 1Ts 2.15; Hb 11.32; Tg 5.10; 1Pe 1.10-12), cujos escritos são mencionados ao lado da Lei, escrita por Moisés. O autor de Hebreus declara que a atividade dos profetas do Antigo Testamento já havia cessado, fazendo parte do modo antigo de Deus se revelar ao seu povo, sendo substituída por uma revelação maior e mais excelente, que foi aquela através de Cristo (Hb 1.1-2). Os profetas antigos são considerados, já no tempo do Novo Testamento, como homens santos, inspirados por Deus, a quem foi revelado o mistério de Cristo, revelação essa que ganhou forma escrita (2Pd 1.20-21).

Semelhantemente, não temos mais homens com os poderes concedidos aos apóstolos, os legítimos sucessores dos antigos profetas, de inspiração e infalibilidade, de realizar curas tão extraordinárias. O ofício apostólico, restrito aos Doze e à Paulo, cessou quando eles morreram. A igreja não nomeou ou elegeu outros apóstolos para substituir os que iam morrendo. E com os apóstolos parece haver cessado aqueles dons relacionados com o ofício apostólico, como por exemplo, o dom de curar.

Todos nós cremos que Deus poderia hoje levantar pessoas assim, outra vez e inspirá-los de modo a escreverem de forma inerrante a sua revelação ao povo, mas todos nós entendemos claramente pelas próprias Escrituras que essa atividade sobrenatural cessou. As Escrituras já estão completas. Não esperamos que hoje novas Escrituras sejam produzidas. Assim, a inspiração dos profetas antigos – e semelhantemente, a dos apóstolos – é mais um exemplo de atividade sobrenatural que ocorreu num determinado período da história da salvação e que, havendo cumprido seu propósito, encerrou-se. É mais um precedente em favor do que estamos argumentando, que Deus não age sempre do mesmo modo.

Ninguém hoje espera mais que Deus chame uma pessoa e lhe faça as mesmas promessas que fez a Abraão, de que o Salvador do mundo nasceria de sua semente. Ninguém espera hoje que o Filho de Deus, outra vez, se faça homem no ventre de uma virgem e que morra outra vez na cruz pelos pecados do seu povo. Teoricamente, Deus, que é o mesmo ontem, hoje e para sempre, poderia fazer todas estas coisas acontecerem outra vez, mas certamente não as fará mais. Elas aconteceram de uma vez para sempre, cumprindo um propósito único e definido na história da redenção.

Da mesma forma, Deus não parece estar disposto a realizar, outra vez, os grandes milagres do passado, que se encontram registrados no Antigo Testamento. Não esperamos como uma possibilidade, mesmo que remota, que Deus hoje abra mares, à vista de todo um exército de incrédulos, para seu povo passar, num momento de crise. É claro que ele poderia fazê-lo, mas não temos qualquer garantia ou promessa que ele o fará. Ou ainda, esperamos realmente que Deus hoje sustente um povo por 40 anos com pão do céu e água da rocha e com sandálias que não se acabam no deserto? Ou que faça o sol parar no firmamento por um dia inteiro? Ou levantar líderes dotados de força física sobrenatural como Sansão?

Não há nenhuma promessa de que Deus fará isso sempre – ou, outra vez. E de fato, até onde sei, não há registro na História de que esses fatos aconteceram outra vez. Tais eventos miraculosos foram realizados num determinado período da História e com um propósito definido, que já se concretizou. Não é uma questão de termos fé ou de orarmos por estas coisas. Deus simplesmente não nos promete que as fará outra vez. Entretanto, ele permanece sendo o Deus onipotente e Todo-Poderoso de sempre. Apenas, em sua sabedoria, ele tem formas diferentes de agir em épocas diferentes.

Portanto, o argumento de que Deus hoje age exatamente da mesma forma como agiu no período bíblico carece de fundamentação exegética e ignora a evidência bíblica de que o Senhor age de acordo com um plano, cujas etapas se completam dentro de períodos definidos da História. Precisamos ter cuidado antes de dizer que tudo o que ocorria no culto das igrejas do período apostólico deverá ocorrer hoje, se tão somente estivermos abertos, buscando com fé. Não podemos deixar o propósito de Deus fora da questão.

Calvinistas Evangelizam?

Postado por Unknown às 19:28 0 comentários


Por Marcos Granconato
Há um mito que circula no meio evangélico que diz que os calvinistas não se preocupam em fazer evangelismo pessoal ou missões. Segundo os expoentes dessa lenda, isso ocorre porque os calvinistas creem na doutrina da predestinação e, uma vez que, segundo sua visão dessa doutrina, Deus já tem os seus eleitos a quem fatalmente irá salvar, não há nenhuma necessidade de evangelizar as pessoas, nem mesmo de orar para que alguém se converta.

Realmente, a soteriologia calvinista defende com unhas e dentes a santa doutrina da predestinação. E isso por uma razão muito simples: poucas doutrinas bíblicas são tão claras como essa. De fato, mesmo representando um atentado contra a orgulhosa lógica humana (Rm 9.19-21), a Bíblia é pródiga em suas afirmações referentes à soberania absoluta de Deus na salvação, que alcança graciosamente quem quer e endurece a quem lhe apraz (Jo 1.13; Rm 8.29-30; 9.18; Ef 1.5). É somente por isso que os calvinistas não abrem mão desse ensino tão controvertido que os torna alvo de constantes acusações falsas.

A questão, então, permanece: essa aceitação da doutrina da predestinação não inibe o trabalho de evangelismo dos calvinistas? Surpreendentemente, a resposta é um enfático não. Aliás, é até o oposto o que acontece! Com efeito, tanto a Bíblia como a história do cristianismo mostram que a doutrina da predestinação tem se constituído num dos maiores incentivos à evangelização do mundo!

Considere-se, em primeiro lugar, o ensino bíblico. De que forma a Escritura destaca a eleição divina como um estímulo ao trabalho de pregação do evangelho? Basicamente, o texto sagrado faz isso de duas maneiras: afirmando que os eleitos de Deus estão espalhados pelas diversas comunidades ao redor do mundo; e ensinando que eles fatalmente atenderão à mensagem das Boas Novas em Cristo.

Jesus foi o primeiro a mostrar essas duas maravilhosas realidades. A certa altura do Evangelho de João, o evangelista conta que o Mestre fez uma intrigante afirmação: “Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco [isto é, não são de Israel]. É necessário que eu as conduza também. Elas ouvirão a minha voz, e haverá um só rebanho e um só pastor” (Jo 10.16). Em seguida, para mostrar que havia grande distinção entre esse grupo espalhado pelo mundo e as demais pessoas não escolhidas, ele dirigiu-se aos seus oponentes dizendo: “... vocês não creem, porque não são minhas ovelhas” (Jo 10.26). O Senhor ensinou, assim, que ele tem um povo espalhado pelo mundo, que as pessoas que compõem esse povo ainda estão por ser alcançadas, e que elas fatalmente atenderão ao convite da fé. Como um evangelista pode ser desencorajado diante disso?

O Evangelho de João insiste nessas verdades também em seu Capítulo 11. Ali, o evangelista comenta algumas palavras pronunciadas pelo sumo sacerdote, dizendo: “Ele não disse isso de si mesmo, mas, sendo o sumo sacerdote naquele ano, profetizou que Jesus morreria pela nação judaica, e não somente por aquela nação, mas também pelos filhos de Deus que estão espalhados, para reuni-los num povo” (Jo 11.51-52). É mais do que claro aqui que Deus tem “filhos” dispersos pelo mundo. Esses “filhos” ouvirão a mensagem da cruz e serão, afinal, reunidos num povo.

Ora, com essas concepções em mente, seria possível um evangelista desanimar? É claro que não! Na verdade, sabendo disso, o missionário trabalhará ainda mais confiante, ciente de que as ovelhas de Jesus, os “filhos de Deus que estão espalhados”, cedo ou tarde, seguirão o Bom Pastor; sim, amanhã ou depois, serão reunidos pelo Pai.

Além disso, o obreiro que aceita essas verdades não se sentirá fracassado ou frustrado no ministério quando não crerem na sua pregação. Antes, entenderá que os que a rejeitaram fizeram-no por não serem ovelhas do Senhor e seguirá avante, certo de que as ovelhas com certeza ouvirão e o alvo do Pai de reunir seus filhos num só povo será finalmente alcançado. Poderia haver estímulo maior para o trabalho evangelístico?

Na história de missões, quem primeiro se sentiu estimulado por essas verdades foi o apóstolo Paulo. Isso aconteceu quando ele esteve pregando em Corinto, um foco tenebroso da multiforme religião pagã, centro cosmopolita marcado por excessos de imoralidade e por todo tipo de devassidão. Corinto, talvez fosse, ao mesmo tempo, o maior desafio e o mais terrível pesadelo de qualquer missionário cristão; uma boa desculpa para o abandono do trabalho evangelístico.

Paulo esteve ali em cerca de 50 a.D., por ocasião da sua Segunda Viagem Missionária (At 18.1-18). Logo de início, sua presença e mensagem despertaram a oposição da comunidade judaica local que trabalhou intensamente para dificultar ainda mais a obra missionária em Corinto (At 18.6,12-13).

Paulo, porém, não desistiu. Onde o apóstolo encontrou estímulo para continuar sua obra num ambiente tão difícil? A resposta é surpreendente: ele foi incentivado pela doutrina da eleição! O texto bíblico diz que, certa noite, o Senhor apareceu a Paulo numa visão e disse: “Não tenha medo, continue falando e não fique calado, pois estou com você, e ninguém vai lhe fazer mal ou feri-lo, porque tenho muita gente nesta cidade” (At 18.9-10).

Durante os dias do seu ministério terreno, o Senhor havia dito que tinha outras ovelhas que viviam em vários apriscos fora de Israel. Agora, o mesmo Senhor se manifesta a Paulo revelando que muitas dessas ovelhas estavam em Corinto. O apóstolo não devia, portanto, recuar. A realidade de que as ovelhas já estavam ali, somente esperando ouvir a voz do Supremo Pastor, devia incentivá-lo. Elas atenderiam a pregação e seriam salvas. Paulo ouviu isso tudo e permaneceu firme. Foi assim que a santa doutrina da eleição fez o apóstolo perseverar por mais um ano e seis meses no trabalho missionário em Corinto (1Co 18.11).

Cerca de dez anos mais tarde, Lucas escreveu essa e outras histórias de Paulo na obra que recebeu o título de Atos do Apóstolos. Foi, talvez, por perceber que a doutrina da eleição servia como estímulo para a evangelização que Lucas fez questão de frisar, justamente numa obra de história de missões, que os que acolhiam a pregação de Paulo eram somente os que faziam parte do rebanho de Cristo espalhado pelo mundo. “... E creram todos os que haviam sido designados para a vida eterna” (At 13.48), escreveu ele. Vê-se, assim, que o primeiro historiador da igreja aprendeu, por meio de suas pesquisas, que a eleição não somente estimula o trabalho do pregador, mas também garante o seu sucesso.

Conclui-se, assim, que, à luz da Bíblia, a doutrina da predestinação não desencoraja a obra missionária, fazendo exatamente o oposto. Deve-se, agora, observar como, em 2 mil anos de cristianismo, essa doutrina serviu como fonte de ânimo para os sucessivos propagadores da santa fé.

Se o argumento que diz que a doutrina da eleição desestimula a pregação do evangelho não se sustenta à luz da Bíblia, tampouco esse mito pode se manter de pé diante da análise histórica. Com efeito, se o ensino bíblico acerca da predestinação gerasse desmazelo no evangelismo, seus expoentes nada teriam feito em prol da expansão da fé e ficariam fechados dentro de suas igrejas, aguardando sua fatal extinção.

No entanto, não é isso que se vê na história. Antes, um zelo ardente por missões moveu os expoentes da doutrina da eleição, conduzindo-os como pioneiros e mártires aos rincões mais distantes do mundo, sempre à procura das ovelhas dispersas que fatalmente ouviriam a voz do Pastor Divino.

O primeiro exemplo vem do próprio Calvino. Em suas Institutas da Religião Cristã, o grande reformador citou Agostinho de Hipona, dizendo: “Porque não sabemos quem pertença ao número dos predestinados, ou não pertença, assim nos convém tratar que a todos queiramos venham a ser salvos.

Assim acontecerá que, quem quer que seja que se nos haverá de deparar, esforcemo-nos por fazê-lo participante de nossa paz. Mas, nossa paz repousará somente sobre os filhos da paz (Mt 10.13; Lc 10.6). Portanto, quanto a nós concerne, deverá ser a todos aplicada, à semelhança de um remédio... A Deus, porém, pertencerá fazê-la eficaz a quem preconheceu e predestinou” (AGOSTINHO DE HIPONA. De correptione et gratia, XIV-XVI. In CALVINO João. As Institutas ou tratado da religião cristã, III:XXIII, 14. São Paulo: Casa Editora Presbiteriana, 1989. Volume III, p. 426).

Calvino, contudo, não somente ensinou essas coisas. Ele também as pôs em prática. Uma prova disso está no fato de que, em Genebra, cidade onde atuou como pastor e estadista, foi criado, após 1545, o Fundo Francês, uma instituição que tinha como propósito central dar apoio material aos franceses pobres ali refugiados por causa da perseguição em sua terra natal. Calvino contribuía prodigamente para esse fundo e é provável que tenha sido um dos seus criadores.

Ainda que os objetivos principais da instituição fossem no campo humanitário, é sabido que o Fundo Francês era também usado para fins missionários, sustentando pastores em Genebra que deveriam ser enviados à França.

É também preciso destacar que, em meados do século 16, havia em Genebra 38 tipografias, com cerca de 2 mil empregados, cujo trabalho dominante era imprimir literatura evangélica destinada aos países vizinhos, especialmente a França. Por conta disso, na década de 1540, Paris foi inundada pela literatura produzida em Genebra e as conversões começaram a ocorrer.

Isso despertou a atenção e o desagrado do parlamento parisiense, o qual emitiu sucessivas listas de livros proibidos, nas quais eram incluídas quaisquer obras que expusessem ideias calvinistas. As gráficas de Genebra, porém, não paravam de lançar novos títulos, numa velocidade que o parlamento não podia acompanhar. Assim, as listas de livros censurados estavam sempre desatualizadas e as obras de Calvino continuavam a ser vendidas e lidas pelo povo francês.

Além disso, sendo impossível um controle absoluto sobre o comércio de literatura por parte das autoridades de Paris, os livros proibidos procedentes de Genebra eram vendidos no mercado negro. O resultado era que as conversões à fé evangélica não paravam de ocorrer na França.

Os registros históricos apontam que, em 1562, dois anos antes de Calvino morrer, existiam pelo menos 1.250 congregações calvinistas naquele país, abrangendo mais de 2 milhões de membros! Foi, certamente, por causa desses extraordinários avanços que a Venerável Companhia de Pastores, outra instituição da Genebra de Calvino, enviou 151 missionários à França só no ano de 1561! (para mais detalhes, veja-se McGRATH, Alister. A vida de João Calvino. São Paulo: Cultura Cristã, 2004. p. 203-222).

A obra missionária de Calvino também abrangeu a fundação da Academia de Genebra (1559) criada para treinar pastores e suprir a demanda que o crescimento do número de igrejas impunha aos reformadores.

Muitos alunos dessa academia eram estrangeiros refugiados (franceses, ingleses, holandeses, italianos e alemães) que, depois de formados, voltavam para seus países de origem ensinando o que ali haviam aprendido. Entre esses alunos esteve John Knox, o grande reformador escocês. Foi assim que a escola fundada por Calvino tornou-se um grande centro missionário, irradiando a fé evangélica para o mundo inteiro.

É preciso ainda lembrar que os primeiros missionários protestantes que chegaram ao Brasil foram enviados precisamente por João Calvino. Eles vieram, a pedido de Nicolas Durand de Villegaignon (1510-1571), com o objetivo de ensinar a fé reformada aos colonizadores franceses do Rio de Janeiro e evangelizar os indígenas. O grupo chegou em março de 1557, mas, menos de um ano depois, foi expulso devido a conflitos doutrinários com Villegaignon. Esses conflitos resultaram na produção da Confissão de Fé da Guanabara (1558), um documento de orientação reformada escrito por cinco calvinistas leigos aprisionados por Villegaignon.

Desses cinco, quatro foram estrangulados, pondo fim ao trabalho missionário de Calvino no Brasil (mais informações sobre os calvinistas enviados de Genebra ao Brasil, bem como acerca do conteúdo da Confissão de Fé da Guanabara, veja-se NASCIMENTO, Adão Carlos e MATOS, Alderi Souza de. O que todo presbiteriano inteligente deve saber. Santa Bárbara d’Oeste: SOCEP, 2007. p. 39-48).

No século 17, o Brasil, mais uma vez, foi cenário da atividade missionária calvinista. Isso aconteceu como resultado indireto dos conflitos políticos entre Espanha e Holanda. Movido por esses conflitos, Filipe II, da Espanha, proibiu as relações comerciais entre os holandeses e todas as áreas de dominação espanhola, o que abrangia a América do Sul.

Nessa época, a Holanda dominava a distribuição de açúcar na Europa e não podia abrir mão do comércio com a empresa açucareira nordestina. Por isso, em 1621, foi criada a Companhia das Índias Ocidentais, com sede em Amsterdã, cujo objetivo era a exploração mercantil na América.

A companhia promoveu duas invasões holandesas ao Brasil: uma na Bahia (1624-1625) e outra em Pernambuco (1630-1654). Esta última foi a mais bem sucedida e, para garantir a paz e os seus interesses no Brasil, a companhia enviou um representante, o conde João Maurício de Nassau, que governou o Brasil Holandês de 1637 a 1644.

Maurício de Nassau era crente, membro zeloso e assíduo frequentador da Igreja Cristã Reformada. Seu governo foi brilhante, cobrindo uma área que ia do Sergipe até o Maranhão. Ocorreu, porém, que a Companhia das Índias passou a adotar políticas que desagradavam os senhores de engenho, exigindo o pagamento imediato de empréstimos e impondo certos limites à liberdade religiosa. Quando, então, Nassau pediu demissão de seu cargo, iniciou-se a luta contra os holandeses. A chamada Insurreição Pernambucana (1645-1654) resultou na expulsão dos invasores que passaram a produzir açúcar nas Antilhas.

Foram os holandeses que trouxeram para o Brasil a igreja calvinista. Seu nome oficial era Igreja Cristã Reformada e contava com 22 congregações locais espalhadas pelo Brasil Holandês. Ela adotava confissões de fé calvinistas, além de outros credos ortodoxos antigos, e realizou uma intensa obra missionária, especialmente entre os índios. O primeiro pastor dessa igreja a se envolver com a evangelização dos nativos foi Vincentius Joaquimus Soler.

A princípio, ele pregou na aldeia Nassau, no Recife (atual Bairro das Graças) e somente mais tarde, a pedido dos nativos da capitania da Paraíba, dedicou-se à evangelização dos índios. Cabe, porém, a David Doreslaer, cujo trabalho iniciou-se em 1638, o título de primeiro pastor missionário de tempo integral entre os nativos do Brasil.

O trabalho missionário dos calvinistas holandeses cresceu muito, a ponto de, em 1641, ser celebrada a primeira Ceia do Senhor na aldeia do cacique Pedro Poti. Várias tribos pediam que a Igreja Cristã Reformada lhes enviasse pregadores e congregações indígenas foram abertas.

Até os antropófagos tapuias pediram o envio de missionários. Infelizmente, nem sempre essas solicitações podiam ser atendidas, até mesmo em virtude da instabilidade decorrente dos conflitos entre Holanda, Espanha e Portugal. Apesar disso, 17% do trabalho pastoral era dedicado aos índios, graças, inclusive, à iniciativa pessoal de vários ministros que viam a pregação aos nativos como parte obrigatória do seu ministério.

Em seu trabalho, os pastores calvinistas ganhavam a confiança dos nativos dando-lhes assistência social (remédios, alimentos, proteção, etc.), traduziam partes da Escritura para o tupi, produziam literatura reformada em português e em tupi, primavam pela educação e formação de professores índios (alguns se tornaram “consoladores” ou evangelistas) e zelavam não somente pelo ensino doutrinário, mas também pelo ideal de santidade que deve acompanhar a fé. De fato, o puritanismo holandês via a Bíblia como norma de fé e prática (norma credendi et agendi) e isso foi transmitido aos índios.

Infelizmente, com a expulsão dos holandeses do Brasil, em 1654, a Igreja Cristã Reformada também partiu. Os índios convertidos foram incluídos no “Perdão Geral” promulgado pelos portugueses. Contudo, sem acreditar nesse perdão, os índios membros da primeira igreja evangélica verdadeiramente brasileira fugiram para a Serra de Ibiapaba, no Ceará, a 750 km do Recife. O local tornou-se, então, o que o padre jesuíta Antonio Vieira chamou de “Genebra de todos os sertões do Brasil”, repleta de índios calvinistas que consideravam o catolicismo uma fé falsa.

No mesmo ano da expulsão dos holandeses, os índios da Serra de Ibiapaba enviaram uma pequena delegação a Holanda, suplicando socorro em prol do povo que havia abraçado a fé calvinista. Porém, a Igreja Cristã Reformada viu-se atada pelas negociações de paz entre Portugal e Holanda e não enviou auxílio. Por isso, a igreja indígena morreu.

Aos poucos, seus membros foram novamente submetidos a Roma ou massacrados como hereges. Foi assim que terminou um dos capítulos mais belos da história da igreja reformada no Brasil; e esse capítulo prova quão falaciosa é a acusação de que os calvinistas não se importam com a evangelização dos povos sem Deus.

(A obra mais completa sobre o tema, escrita em português, é, sem dúvida, a de Franz Leonard Schalkwijk: Igreja e Estado no Brasil Holandês: 1630-1654. São Paulo: Vida Nova, 1989. O autor é pastor reformado holandês e ministrou muitos anos no Brasil, tendo realizado profundas pesquisas tanto aqui como em sua terra natal).

As provas históricas do empenho evangelístico dos calvinistas são inumeráveis. Porém, para concluir esse assunto, é suficiente apontar somente mais dois personagens: George Whitefield e Charles Haddon Spurgeon, sem dúvida os maiores pregadores de todos os tempos, ambos fervorosos expoentes da fé reformada, com sua ênfase na doutrina da predestinação dos santos (Informações mais completas sobre George Whitefield podem ser obtidas em Lloyd-Jones, D.M. Os Puritanos: suas origens e sucessores. São Paulo: PES, 1993).

George Whitefield nasceu em Gloucester, na Inglaterra, em 1714, e morreu em Newbury Port, nos Estados Unidos, em 1770. Ele viveu menos de sessenta anos, mas dificilmente a história poderá mostrar um homem mais zeloso no trabalho de proclamação das Boas Novas aos perdidos. De fato, Whitefield foi o maior pregador da Inglaterra no século 18 e, certamente, um dos mais notáveis evangelistas de todos os tempos. Com certeza, ele foi o principal líder do Grande Avivamento evangélico que varreu a Inglaterra há mais de duzentos anos.

Whitefield começou a pregar em 1736 e, já no ano seguinte, era capaz de reunir grandes multidões em Londres dispostas a ouvi-lo. A ele cabe a honra de ter sido o primeiro evangelista da igreja moderna a pregar ao ar livre, rompendo antigas tradições eclesiásticas em prol da expansão da fé.

Whitefield usou essa estratégia pela primeira vez em 1739, motivado pelas terríveis informações que lhe chegaram acerca da vida depravada dos trabalhadores das minas de carvão que viviam numa vila perto de Bristol. A Tprincípio ele pregou ao ar livre para um grupo de cem homens daquela vila, mas seu impacto foi tão grande que logo o número passou para 5 mil, superando mais tarde os 20 mil ouvintes. Aquelas pessoas nunca tinham entrado numa igreja e, mesmo cansadas e sujas em virtude do trabalho nas minas de carvão, não iam para casa, preferindo ficar de pé ouvindo a pregação de Whitefield.

A partir de então e até o fim da vida, Whitefield se dedicou à pregação em lugares abertos, alcançando dezenas de milhares de pessoas tanto na sua terra natal como na Escócia, onde esteve catorze vezes.

A partir de 1738, Whitefield fez também diversas viagens aos Estados Unidos a fim de pregar o evangelho ali. Ele morreu durante sua sétima visita àquele país. Sua coragem em atravessar o oceano treze vezes em suas idas e vindas à América, enfrentando todos os perigos que essa viagem representava no século 18, mostra o zelo missionário desse pastor calvinista que, em 34 anos de ministério, pregou cerca de 18 mil sermões!

Proclamando suas mensagens ao ar livre ao longo de toda a vida, Whitefield enfrentava qualquer situação, mesmo as mais difíceis. Frio, calor, chuva e neve, nada disso o impedia de anunciar a Palavra às multidões que, também sob essas condições se ajuntavam para ouvi-lo. Ele pregava cerca de seis vezes por dia e fez isso por mais de três décadas! Não tinha descanso no trabalho, submetendo seu corpo a severas tensões. Foi por isso que, extremamente exausto, após árduos esforços para pregar uma última vez, faleceu em Newbury Port, Massachusetts, com apenas 56 anos de idade.

Ninguém mais do que George Whitefield provou como a fé calvinista move o crente ao evangelismo. Sendo árduo defensor da doutrina da eleição soberana de Deus, ele foi um evangelista incomparável, superando todos do seu tempo no nobre trabalho de alcançar os escolhidos do Senhor. Whitefield pregou para a aristocracia inglesa, para os homens humildes do campo e das minas e para as crianças dos orfanatos, tanto em sua terra natal como em regiões distantes dali. A fé reformada não o desencorajava. Muito pelo contrário. Foi essa fé que se constituiu na base de todo o seu empenho, por décadas a fio, até a morte. Hoje, os que dizem que calvinistas não evangelizam, devem estudar a vida de George Whitefield. Isso, certamente, os fará mudar de opinião!

Uma dramática mudança de opinião acerca do zelo evangelístico calvinista também ocorrerá no crítico da fé reformada que estudar a vida de Charles Haddon Spurgeon (1834-1892), notável pastor batista inglês conhecido como o “Príncipe dos Pregadores” (sobre a vida de Spurgeon, leia Gigantes da fé, de Franklin Ferreira, publicado pela Editora Vida, páginas 270 a 278).

Mesmo pertencendo a uma família de tradição protestante e sendo criado sob a forte influência de seu avô, um pastor congregacional, Spurgeon só se converteu realmente aos dezesseis anos de idade. Logo no início de sua vida cristã, ele mostrou grande preocupação pelas almas, dedicando-se à distribuição de folhetos, ao ensino na escola dominical e, eventualmente, à pregação. Aos poucos, porém, suas habilidades como comunicador da Palavra de Deus começaram a aflorar e Spurgeon viu sua fama de pregador crescer quando ainda era bem jovem.

Em 1852, ele se tornou pastor e, dois anos depois, assumiu o ministério na Capela Batista de New Park Street, em Londres. Seu desempenho ali como pregador e evangelista atraiu tantas pessoas que as ruas ao redor da igreja logo se tornaram intransitáveis por conta da multidão que afluía para ouvir o jovem pastor.

Em pouco tempo, a igreja teve de se mudar para Newington, onde, em 1861, foi construído o Tabernáculo Metropolitano, que abrigava cerca de 12 mil pessoas. O local ficava repleto de homens e mulheres desejosos de ouvir os sermões ardentes de Spurgeon que anunciava o Evangelho com uma paixão e clareza nunca vistas em nenhum outro pregador daqueles dias.

Charles Spurgeon era calvinista convicto e seus sermões são prova cabal desse fato (no Brasil, os sermões de Spurgeon têm sido publicados especialmente pela Editora Fiel e pela PES: Publicações Evangélicas Selecionadas). Defendendo vigorosamente a doutrina da predestinação dos santos e a eleição incondicional, ele foi, ao mesmo tempo, um zeloso evangelista de renome mundial, pregando em diversos países da Europa, tanto em igrejas ou em amplos salões como ao ar livre. Ele pregava de oito a doze vezes por semana e chegou a falar para um público de mais de 23 mil pessoas, no Crystal Palace, em Londres.

Tantas foram as pregações de Spurgeon que, quando seus sermões passaram a ser publicados, a partir de 1855, a obra abrangeu 63 volumes, com mais de 3.500 homilias. Desejoso de que a mensagem de Cristo alcançasse o maior número possível de pessoas, Spurgeon se esforçava para que as publicações dos sermões fossem semanais, revisando ele próprio os textos antes que chegassem ao público. Como resultado dessa imensa obra evangelizadora, Spurgeon batizou cerca de 15 mil pessoas ao longo de quarenta anos de ministério pastoral. Mais tarde, seus sermões foram traduzidos para diversos idiomas, transformando vidas em todo o mundo.

Sempre preocupado com a divulgação da mensagem cristã, Spurgeon também começou um trabalho de treinamento de evangelistas e pastores, o que deu origem ao posteriormente chamado Spurgeon’s College. Essa instituição existe até hoje, adotando a mesma visão do seu fundador e formando evangelistas, missionários e pastores.

Charles Spurgeon adotava uma concepção ortodoxa das Sagradas Escrituras e, por isso, passou a ser fortemente criticado pelos membros liberais da União das Igrejas Batistas da Inglaterra da qual sua igreja fazia parte. Por causa disso, em 1887, ele se desligou da união e, sob severa oposição, viu sua saúde minguar. Spurgeon tinha gota, reumatismo e uma enfermidade crônica degenerativa incurável chamada Doença de Bright. Ele morreu aos 57 anos. Grandes cortejos foram realizados em Londres por ocasião de seu sepultamento no cemitério de Norwood. Naquele dia, 31 de janeiro de 1892, o Senhor tomou para si um dos maiores evangelistas de todos os tempos.

Quem conhece a vida e os sermões de Spurgeon vê quão grande é o impulso que a doutrina da eleição incondicional dá ao evangelismo. Nota-se que, encorajado pelo precioso ensino acerca da predestinação dos santos, os homens de Deus se lançam com maior empenho na busca daqueles que o Senhor escolheu e trazem para o seio da igreja os convertidos verdadeiros em quem a graça de Deus realmente atuou.
Fonte: www.escolacharlesspurgeon.com
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Entrevista sobre Cessacionismo e Continuismo

Por Augustus Nicodemus

Fiquei imaginando o que eu diria se fosse entrevistado sobre a cessação e a continuação dos dons espirituais mencionados na Bíblia, e daí nasceu esta sessão fictícia de perguntas e respostas. 

Pastor Augustus, os dons espirituais cessaram?
Primeiro é necessário definir a que dons nos referimos. Acredito que o Espírito continua até hoje a conceder à Igreja a maioria dos dons mencionados na Bíblia. Mas, tenho a impressão que outros dons foram concedidos somente por um tempo a determinadas pessoas, para atender aos propósitos de Deus para aquela época. Estes não estariam mais disponíveis hoje. Por isto, é necessário, antes de qualquer coisa, esclarecer a que dons estamos nos referindo quando dizemos que os dons cessaram ou que continuam.

Outra coisa a ser levada em consideração é que, de acordo com a história bíblica, Deus não agiu sempre da mesma maneira em todas as épocas. Há muitas ações miraculosas e sobrenaturais que ocorreram somente uma vez ou durante um tempo específico e não foram repetidas. Portanto, por princípio, devemos admitir que Deus é soberano para agir de diferentes maneiras através da história, e que dentro desta ação, ele concede diferentes dons a diferentes pessoas em diferentes épocas. Assim, não podemos nem restringir a ocorrência de determinados dons somente a um período da história e nem requerer que todos os dons terão necessariamente de ocorrer em todos estes períodos.

Então, você não se definiria como um cessacionista?
Se por cessacionista você quer dizer uma pessoa que não acredita que o Espírito Santo conceda dons espirituais à sua Igreja nos dias de hoje, é claro que não sou cessacionista. Se, por outro lado, um continuísta seria alguém que acredita que todos os dons espirituais mencionados na Bíblia estão disponíveis hoje à Igreja, bastando ter fé para recebê-los, é claro que também não sou um continuísta. Creio num caminho intermediário para o qual ainda não achei um nome. Não posso ser chamado de cessacionista e nem de continuísta, pois creio que alguns dons continuam como eram no Novo Testamento, outros cessaram e outros continuam apenas em parte.

Bem, a discussão moderna gira mais em torno dos dons chamados sobrenaturais, como curas, línguas, profecias... se Deus é o mesmo hoje, ontem e eternamente, estes dons não estariam disponíveis hoje, como estavam na época dos apóstolos?
Poderíamos perfeitamente aplicar a estes dons e outros o princípio acima, de que Deus age de maneiras diferentes em épocas diferentes. Não podemos confundir a imutabilidade de Deus - que significa que ele não muda em seu ser e seus atributos - com a "mesmice" de Deus, que significa que ele sempre age da mesma forma. Teoricamente, ele poderia ter concedido os dons relacionados com curas, línguas e profecias a algumas pessoas durante o período apostólico e uma vez cessado aquele período, suspendido a atuação dos mesmos. Não vejo em que admitir isto afeta a imutabilidade de Deus ou diminui o seu poder e sua glória. Querer que Deus sempre atue da mesma maneira, isto sim, engessa Deus num padrão rígido e não admite que Ele tenha maneiras diferentes de agir em épocas diferentes para atingir seus propósitos.

Mas o que havia de tão especial no período apostólico para Deus conceder estes dons sobrenaturais?
Foi o período de transição entre a antiga e a nova alianças. Teve a ver com a vinda de Jesus Cristo ao mundo e o cumprimento de todas as promessas que Deus havia feito a seu povo pelos profetas de Israel. Foi a inauguração dos últimos dias, do fim dos séculos, da última hora e do fim dos tempos. Foi a época em que o Espirito prometido foi derramado. Deus levantou os Doze e Paulo para através deles explicar e registrar estes fatos no Novo Testamento. Era necessário, portanto, que o período mais importante da história da redenção fosse marcado por sinais, prodígios e maravilhas feitos por pessoas extraordinárias como os apóstolos e seus associados. Era preciso deixar claro que era Deus quem estava por detrás daqueles acontecimentos e da mudança da aliança. Uma parte dos dons mencionados no Novo Testamento está relacionada diretamente com este período e com os apóstolos, como o dom de curar e fazer milagres e a profecia como veículo de novas revelações. O dom de línguas, aparentemente, estava também associado àquela época, como sinal externo da chegada do Espírito Santo aos diferentes grupos que compunham a Igreja em seu início (judeus, samaritanos, gentios e discípulos de João Batista). Mas, parece que ele servia a outros propósitos além deste mencionado. 

A questão é que estes dons aparecem em algumas das listas de dons espirituais do Novo Testamento como ferramentas do Espírito dadas a todos os crentes para edificar a igreja de Cristo. E agora?
Não vejo dificuldades. Estas listas aparecem em Efésios 4, Romanos 12, 1Coríntios 12 (2 listas) e 1Pedro 4. O que precisamos é definir com mais precisão o que significam cada um destes dons. O que significa, por exemplo, o dom de profetizar, que aparece nestas listas? Os crentes que tinham o dom de profetizar nas igrejas cristãs eram profetas iguais a Isaías e Jeremias, que foram capazes de predizer o futuro de Israel e das nações com incrível precisão? Ou será que os profetas cristãos se limitavam a edificar, exortar, consolar e instruir as igrejas, como Paulo diz em 1Coríntios 11:3 e 31? E o que significa o dom de curar e de realizar milagres? Por que só encontramos este dom associado ao ministério dos apóstolos? E por falar nisto, o que significa "apóstolo" na lista de Efésios 4? O termo pode significar tão somente enviados, missionários, sem qualquer relação com os Doze e Paulo. Infelizmente as pessoas não levam em conta que existem determinados aspectos da função do profeta, do ofício do apóstolo e mesmo do dom de línguas, os quais parecem estar relacionados somente àquela época. Se levarmos em conta estas coisas, podemos até dizer que todos os dons continuam hoje, mas que alguns aspectos ou atributos deles cessaram após o período dos apóstolos.

E qual seria então o critério para dizermos quais os dons que permanecem para os dias de hoje e quais os que cessaram?
Acredito que a regra de ouro é esta: todos os dons que foram veículos de novas revelações ou que estavam ligados diretamente aos instrumentos das revelações, que foram os apóstolos, cessaram com a morte deles. Ilustrando, o dom de profecia continua hoje, conforme entendo, mas somente enquanto exortação, consolo, confrontação pela Palavra. Já o aspecto revelatório da profecia que vemos, por exemplo, em João ao escrever Apocalipse, ou em Paulo e Pedro ao prever como será o futuro, a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, etc., isso certamente não faz parte da profecia hoje. Já cessou.

Da mesma forma o dom do apostolado. Se entendermos apóstolo como missionário, enviado das igrejas para pregar o Evangelho aos povos (é este o sentido básico do termo em grego), não vejo problemas em dizer que ainda hoje temos apóstolos entre nós, que são os missionários que vão desbravar campos ainda não atingidos pelo Evangelho. Mas, certamente não existem mais apóstolos no sentido dos Doze e Paulo, que viram o Senhor Jesus ressurreto, foram chamados diretamente por Ele pessoalmente ou numa aparição após a ressurreição, e que receberam não somente poderes extraordinários de curar e realizar milagres, como foram também veículos da revelação divina, tendo profetizado acerca do futuro de Deus para seu povo e o mundo. E mais, seus escritos às igrejas foram inspirados pelo Espírito Santo, de forma que são infalíveis e inerrantes, sendo a própria Palavra de Deus. Obviamente, nenhum dos que se intitulam de apóstolo hoje tem estas credenciais. Portanto, não podem ser considerados apóstolos como Pedro, Tiago, João e Paulo. Este é um dos dons que permanece hoje somente em parte.

Por este critério o dom de línguas teria cessado também?
Não necessariamente, pois, até onde eu entendo, ele não era revelacional, isto é, não era veículo de novas revelações, como a profecia. Acredito que o relato de Atos e de 1Coríntios 14 nos dão informações suficientes de que o conteúdo das línguas era o louvor a Deus (Atos 2:11; 10:46). O dom consistia na capacidade de louvar e exaltar as grandezas de Deus num idioma que a pessoa desconhecia, e que tinha de se traduzido para a edificação da igreja. Portanto, teoricamente, este dom não precisaria ter cessado pois não era revelacional. Todavia, temos indícios significativos da história da igreja de que ele cessou após o período apostólico. Na eventualidade de uma ocorrência genuína deste dom hoje, esperaríamos que fosse de acordo com as regras bíblicas de 1Coríntios 14: dois ou três falando, em sequência, e com interpretação. Como normalmente não é este o caso nas igrejas que dizem ter este dom, continuo tendo dúvidas de que o que está acontecendo nelas é a manifestação do genuíno dom de línguas. Mas, em tese, estou aberto para a ocorrência do dom genuíno.

Mas, então, isto quer dizer que os crentes que falam em línguas são mentirosos ou estão sendo influenciados pelo diabo?
Claro que não. Seria uma temeridade afirmar este tipo de coisa. Prefiro pensar que em boa parte das ocorrências são irmãos em Cristo sinceros que pensam estar de fato falando em línguas por terem sido ensinados desta forma dentro de determinados ambientes. Eles foram ensinados que falar em línguas é balbuciar palavras sem sentido num êxtase emocional. Há alguns que inclusive foram ensinados por seus pastores a como fazer isto, tipo "relaxe a língua, forme uma palavra desconhecida em sua mente e repita até que saia espontaneamente da sua boca..."

Não consigo perceber qual é o mal em se falar em línguas hoje nas igrejas. Qual o problema?
Se as línguas faladas não forem de Deus, a imitação delas deve trazer algum prejuízo ou perigo de natureza espiritual. Não posso afirmar ao certo, mas imagino que pode produzir arrogância, falsa espiritualidade, e abrir a porta para a atuação de demônios ou da natureza pecaminosa do homem. Na verdade, estes perigos estão presentes em qualquer manifestação que seja meramente humana, e não somente línguas.

Alguns diriam que você nunca falou em línguas porque nunca foi realmente batizado com o Espírito Santo...
Hehe, eu sei, já me disseram isto na cara, num congresso de irmãos pentecostais onde estive como visitante. Bom, a minha resposta é que acordo com Paulo todos os crentes verdadeiros já foram batizados com o Espírito Santo (1Cor 12:13) mas nem todos falam em línguas (1Cor 12:30). Se não for assim, terei de dizer que os reformadores e os grandes missionários da história da igreja nunca foram batizados com o Espírito Santo, pois nunca falaram em línguas. Todavia, se formos fazer uma comparação, eles fizeram mais pelo Reino de Deus do que estes que hoje insistem em dizer que as línguas são o sinal inequívoco do batismo com o Espírito Santo...

Mudando de assunto... Deus cura hoje?
Sem dúvida alguma. Eu mesmo já fui curado por Deus. Todavia é preciso fazer a diferença entre o dom de curar e as curas que Deus faz em resposta à oração. Aqueles que tinham o dom de curar - e parece que estava restrito aos apóstolos e seus associados - nunca falhavam. Cada vez que determinavam a cura, ela acontecia. Não há caso registrado de alguém com dom de curar, como Paulo e Pedro, terem comandado a cura que ela não tenha acontecido. E estamos falando da cura de cegos, coxos, aleijados, surdos e mudos, muitos dos quais nem tinham fé. E mesmo da ressurreição de mortos. Obviamente não apareceu depois dos apóstolos ninguém na história da Igreja, até os dias de hoje, com este mesmo poder. E estou falando de homens como Agostinho, Lutero, Calvino, Wesley, Whitefield, Hudson Taylor, Spurgeon, Moody e outros homens de Deus, que não podem ser acusados de não terem fé ou de serem carnais.

Isso não quer dizer que Deus deixou de curar depois dos apóstolos. Ele cura sim, ao responder as orações por cura quando quiser. E nem sempre ele responde positivamente. Se fosse feita uma pesquisa, aposto que ela revelaria que existe proporcionalmente o mesmo número de doentes entre aqueles que dizem acreditar que o dom de curar existe hoje e aqueles que acham que já cessou. Isto é, vamos encontrar nos leitos dos hospitais proporcionalmente o mesmo número de membros doentes de igrejas que dizem ter o dom de curar e daquelas que não pensam assim.

Jesus disse certa feita que quem cresse nele faria os mesmos sinais que ele fez. Esta promessa é verdadeira ou não?
O que Jesus disse foi que eles fariam as mesmas obras. Ele não disse que fariam os mesmos sinais (ver João 14:12). Embora o termo "obras" possa se referir aos milagres dele, é mais provável que Cristo se referia à obra de evangelização e conquista de almas, que foi efetivamente a única obra que os apóstolos fizeram que era maior do que as realizadas por ele. Sobre isto, escrevi um post aqui no blog O Tempora, O Mores, dando as razões exegéticas para esta interpretação. A verdade é que nunca ninguém conseguiu superar os milagres de Jesus ao longo de dois mil anos de história do Cristianismo.

E quanto a sonhos e visões?
De acordo com o autor da carta aos Hebreus, Deus de fato se revelou de maneira extraordinária antes de Cristo, falando através dos profetas por meio de visões e sonhos, conforme encontramos no Antigo Testamento. Com a vinda do Senhor Jesus, que é a Palavra encarnada e portanto a última e maior revelação de Deus, estes modos de revelação cessaram, à medida que os apóstolos e escritores no Novo Testamento registraram de maneira infalível e definitiva esta última revelação.

Não digo que Deus não possa hoje se manifestar de maneira extraordinária a um crente. Mas, então, seria o caso de uma experiência pessoal, que não pode ter validade e utilidade pública e nem ser usada como meio para se impor alguma prática ou doutrina aos demais. A maneira geral, normal e esperada de Deus se comunicar conosco hoje é pelo Espirito falando pelas Escrituras e pela sua Providência, que é a maneira sábia pela qual Deus controla e governa os acontecimentos.

Vamos voltar ao dom de profecia. Afinal, ele existe hoje ou não?
Depende do que estamos falando. Os profetas do Antigo Testamento, como Isaías e Ezequiel por exemplo, receberam de Deus revelações quanto ao futuro de Israel, nas nações daquela época e da humanidade em geral. Estas revelações foram registradas em livros com o nome destes profetas e fazem parte da Bíblia. Além da profecia preditiva, os profetas exortavam o povo de Deus a que se arrependessem de seus pecados e voltassem à obediência da aliança. Na verdade, os livros deles trazem proporcionalmente muito mais exortações e advertências do que predições do futuro.

Os sucessores dos profetas do Antigo Testamento foram os apóstolos do Novo Testamento. Paulo, Pedro, João e os demais apóstolos também receberam revelações de Deus quanto ao futuro, a saber, a vinda de Cristo, a ressurreição dos mortos, o novo céu e a nova terra.

Os profetas das igrejas locais no período apostólico não eram iguais aos profetas do Antigo Testamento como Isaías, Jeremias, Oséias, Joel, Amós, etc. Entendo que o dom de profecia que aparece nas listas de dons do Novo Testamento se refere à capacidade dada por Deus a determinadas pessoas para trazerem uma palavra de Deus à igreja, baseada nas Escrituras, em momentos de crise e necessidade. O profeta exortava, edificava e instruía os crentes reunidos. Não vejo qualquer base para dizermos que o dom de profetizar no Novo Testamento é o poder para revelar o que está acontecendo na vida íntima dos outros ou anunciar o futuro da vida das pessoas. Se fosse feito um registro da quantidade de profecias deste tipo que se mostraram falsas, não cumpridas ou que são tão gerais que cabe tudo nelas, já teríamos concluído de vez que o dom de profetizar não é isto.

Mas, e o caso do profeta Ágabo no livro de Atos que profetizou por duas vezes acontecimentos futuros?
Ágabo profetizou por duas vezes fatos que estavam relacionados com a vida e o ministério do apóstolo Paulo, durante o período em que as Escrituras estavam sendo feitas e no qual Paulo era o principal protagonista. Me parece claramente uma situação excepcional e bastante diferente do período atual da história da igreja.

Não acha que essa sua posição acaba por extinguir e apagar o Espírito e impedir a ação de Deus no meio de seu povo? Não é este o pecado imperdoável, a blasfêmia contra o Espírito Santo?
Acho que o maior pecado contra o Espírito é desobedecer as orientações que Ele nos deu na Bíblia para examinarmos todas as coisas. Ele orientou os escritores bíblicos a escreverem aos crentes dizendo que eles deveriam estar atentos contra manifestações espirituais que não procediam de Deus, contra a ação de falsos profetas e falsos irmãos e mesmo contra a ação de espíritos enganadores que são capazes de realizar sinais e prodígios (Apocalipse 16:14). O Espírito nos chama a discernir os espíritos, a exercitar o bom senso e usar a razão. Pecamos contra o Espírito ao aceitarmos as manifestações espirituais de maneira crédula, sem exame ou análise, renunciando às orientações bíblicas e à nossa razão. É pela omissão dos crentes que os falsos profetas entram nas igrejas e disseminam heresias perniciosas.

Qual o seu comentário final aos nossos ouvintes?
Não considero a questão da contemporaneidade dos dons como sendo uma daquelas que se acham no coração do cristianismo. Não estou negando a importância da discussão se todos os dons que aparecem na Bíblia estão disponíveis hoje ou não. A verdade é que cristãos verdadeiros que são cessacionistas ou continuístas têm o mesmo desejo, que é servir a Deus de todo coração e serem instrumentos de bênção para os outros. Por outro lado, se não tivermos uma compreensão clara de um assunto como este, poderemos não somente nos privar da verdade como também promover a mentira – em ambos os casos, mesmo que o prejuízo não seja fatal, certamente afetará a nossa vida e das pessoas ao nosso redor.
Fonte: www.escolacharlesspurgeon.com
 

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